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Nesta última sexta-feira, 6, a Santa Casa de Juiz de Fora (SCMJF) comemorou ter completado 30 anos desde o primeiro transplante de rins realizado na Instituição. A solenidade foi prestigiada pelo Secretário de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge Marques; por membros da presidência, corpo clínico, administração e demais colaboradores de diversos setores do Hospital; pela imprensa local e por ex pacientes do Serviço de Transplante Renal – dentre eles, as irmãs Osmarina das Graças Riani e Olga Salete Riani, primeira receptora e primeira doadora operadas, respectivamente.
D. Osmarina e D. Olga - primeira receptora e primeira doadora transplantadas na Santa Casa, respectivamente - ao lado do chefe do Serviço de Transplante Renal, Dr. Sebastião Ferreira
Na ocasião, o desempenho de sucesso da unidade foi demonstrado através dos dados apresentados pelo chefe do Serviço de Transplante Renal, Dr. Sebastião Ferreira e pelo nefrologista responsável pelo Ambulatório Pré-Transplante Renal, Dr. Gustavo Ferreira. Segundo Dr. Gustavo, os procedimentos existentes hoje no Hospital são frutos de reflexões e pesquisas sérias para que, em conjunto, formassem um processo rápido e eficiente, que estimulasse a doação e facilitasse para o paciente: “Quem trabalha com transplante sabe a dificuldade que é manter ativo um programa durante 30 anos, oferecendo à sociedade um tratamento de qualidade. Isso quase terminou em 2012, com um problema pontual, que foi rapidamente absorvido e superado pela administração da Santa Casa e pelos médicos e profissionais de saúde que tiveram o interesse de compor um novo modelo para o transplante e manter a assistência dos pacientes. E estes pacientes, que estão aqui presentes hoje, sabem a importância desta Instituição para o tratamento da doença renal crônica”. Dr. Sebastião, ao falar sobre as dificuldades vividas em alguns anos, citou Charlie Chaplin: “Não devemos temer os confrontos. Até os planetas se chocam, e do caos nascem as estrelas”.
"O transplante é, hoje, a vocação do Hospital", disse o presidente da Santa Casa, Dr. Renato Villela Loures
Hoje, o ambulatório da Santa Casa não só facilita como também dá segurança ao paciente no processo de avaliação. “Todo aquele problema de demora na conclusão dos exames, de vencimento dos exames, nós conseguimos, com este modelo, evitar. Agora, com menos de três meses a gente consegue fazer uma avaliação completa e logo encaminhar o paciente para o melhor caminho”.
O Secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge Marques, disse se sentir "satisfeito e motivado" com o sucesso do serviço em Minas Gerais
Só neste ano, já foram realizados 75 transplantes, dado este que - segundo a ABTO - torna a Instituição a segunda maior unidade transplantadora de Minas Gerais, e uma das maiores do Brasil. “Estamos vivenciando hoje um fato histórico, importante, que me deixa satisfeito e motivado. A área de transplantes, além de crítica, sintetiza muitas coisas. Se é verdade que uma palavra pode sintetizar o SUS, o transplante é a que mais expressa o ideal de solidariedade inerente ao sistema. Poderíamos estimar que o número de doadores significa a maturação da sociedade. Doar é um ato abnegado, de alguém que consegue pensar no outro num momento de grande sofrimento”, disse o Secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge Marques.
O presidente da Santa Casa, Dr. Renato Villela Loures, demonstrou-se imensamente satisfeito com os resultados do Serviço de Transplante Renal, que, segundo ele, é hoje a “vocação do Hospital”: “Buscamos a qualidade e a excelência em tudo aquilo o que fazemos. Já estamos preparados para o serviço de transplante de córnea e vamos buscar, já em curto prazo, realizar transplantes de pâncreas e de fígado”.