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Evento internacional reunirá oftalmologistas na Santa Casa

 

Acontece nesta sexta-feira, 10 de agosto, no Salão Nobre da Santa Casa, às 19h30, o primeiro evento internacional de oftalmologia de Juiz de Fora: “Atualidades em Glaucoma”. Coordenadas pelo Serviço de Oftalmologia da Santa Casa, as aulas são gratuitas e abertas a todos os oftalmologistas, residentes e acadêmicos de medicina. As vagas para o curso são limitadas para até 170 pessoas.

 

As palestras serão ministradas pela doutora Heloísa Maestrini, de Belo Horizonte, que falará sobre Tratamento Clínico do Glaucoma e pelo doutor Kaweh Mansouri, austríaco que exerce oftalmologia em Genebra, na Suíça. O médico que é um dos maiores pesquisadores em Glaucoma no mundo, abordará as atualidades na Propedêutica de Glaucoma. Além de Juiz de Fora, doutor Kaweh Mansouri dará aulas em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O evento contará com tradução simultânea.

 

O que é o Glaucoma?

 

Glaucoma é um grupo de doenças dos olhos que causa dano progressivo ao nervo ótico no ponto onde ele deixa o olho para transportar informações visuais para o cérebro. Se não forem tratados, a maioria dos tipos de glaucoma (sem aviso nem sintomas óbvios para o paciente) avança e gradualmente agrava os danos visuais, podendo levar à cegueira. Uma vez ocorrido, o dano visual é na maioria das vezes irreversível, o que tem levado o glaucoma a ser descrito como a "doença silenciosa que cega" ou o "ladrão furtivo da visão".

O glaucoma é a segunda maior causa de cegueira em todo o mundo. Estima-se que, globalmente, 4,5 milhões de pessoas são cegas devido ao glaucoma e que este número aumentará para 11,2 milhões até 2020. Vale a pena notar que devido ao avanço silencioso da doença – pelo menos nos estágios iniciais – até 50% das pessoas afetadas nos países desenvolvidos não estão nem mesmo cientes de que têm glaucoma. Este número pode aumentar para 90% em locais subdesenvolvidos ao redor do mundo.

Há vários tipos de glaucoma. Alguns podem ocorrer como uma complicação de outras doenças visuais (os chamados glaucomas “secundários”), mas a vasta maioria é “primária”, ou seja, ocorre sem uma causa conhecida. Houve época em que se acreditava que a causa da maioria ou de todos os glaucomas era pressão alta dentro dos olhos (conhecida como pressão intraocular – algumas vezes abreviada como IOP = Intraocular Pressure). Entretanto, agora ficou estabelecido que mesmo pessoas sem IOP anormalmente alta podem sofrer de glaucoma. Portanto, a pressão intraocular é considerada hoje um “Fator de Risco” para o glaucoma, juntamente com outros fatores como descendência racial, história familiar, miopia alta e idade.

Algumas formas de glaucoma podem ocorrer no nascimento (congênitas) ou durante a primeira infância e a infância (“juvenil”), entretanto, na maioria dos casos, o glaucoma aparece após a quarta década de vida, e sua frequência aumenta com a idade. Nenhuma diferença na incidência de glaucoma entre homens e mulheres foi claramente estabelecida.

Os tipos mais comuns de glaucoma em adultos são o Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (POAG – Primary Open Angle Glaucoma) – forma mais frequentemente encontrada em pacientes de descendência ariana e africana – e o Glaucoma de Ângulo Fechado (ACG = Angle-Closure Glaucoma), mais comum em pacientes de descendência asiática. O Glaucoma de Ângulo Fechado é muitas vezes crônico, como o POAG, mas às vezes pode ser agudo, em cujo caso geralmente se apresenta como uma doença ocular muito dolorosa que leva à rápida perda da visão.

Ainda não há cura para o glaucoma, e a perda da visão é irreversível. Entretanto, medicamentos ou cirurgia (tradicional ou a laser) podem estacionar ou desacelerar a perda da visão. Portanto, a detecção prematura é essencial para restringir a deficiência visual e prevenir seu progresso na direção de deficiências visuais graves ou cegueira. Seu oculista pode detectar o glaucoma em seus estágios iniciais e aconselhá-lo sobre a melhor maneira de agir.

 

Fonte: Sociedade Brasileira de Oftalmologia

 

PROGRAMAÇÃO:

19h15: Welcome coffe

19h30: Dra. Heloísa Maestrini – Tratamento Clínico do Glaucoma

20h30: Dr. Kaweh Mansouri – Atualidades na Propedêutica de Glaucoma

 

Apoio: Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora

Patrocínio: Alcon

 
 
 

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