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Ações filantrópicas marcam o III Simpósio de Humanização da Escola de Enfermagem da Santa Casa

 Pelo terceiro ano consecutivo, a Escola de Enfermagem da Santa Casa de Juiz de Fora (SCMJF) realizou seu Simpósio de Humanização - desta vez, sob o tema “Humanização, Cultura e Sociedade”. Além da tradicional apresentação de trabalhos, feita pelos módulos I e II, a Escola promoveu ações em benefício a importantes instituições filantrópicas da cidade. “O interessante é percebermos a evolução do Simpósio, que foi primeiramente projetado para temos um espaço dedicado à apresentação de trabalhos, onde os alunos pudessem exercitar a fala e perder a timidez. Além disso, neste evento, abrimos as portas para os familiares, para pessoas que sempre quiseram conhecer a Escola, mas que, no dia a dia, não temos como receber”, contou Luciene Corrêa, professora de Humanização. “Mas, desde o ano passado, começamos com essa iniciativa de visitar instituições beneficentes, e o Simpósio ganhou um significado muito maior”.

 

Alunos do módulo I da Escola de Enfermagem da Santa Casa em visita à Aldeia SOS.

 

No ano passado, o Simpósio de Humanização levou os alunos à Ascomcer, ao João de Freitas e à Casa de Passagem Bethania - que foi visitada novamente este ano, junto com a Aldeia SOS. Segundo a professora Danielle Lara, que leciona Português, há um clima de empolgação muito perceptível na Escola logo que a programação do evento é anunciada. “Quando a gente fala na sala que vai ter o Simpósio e anuncia a programação do ano, a turma já manifesta vontade de ir, todo mundo fica animado, todo mundo pergunta ‘O que é que a gente pode levar?’, então é muito gratificante para nós ver este empenho por parte deles num trabalho que, na verdade, tem tudo a ver com a Humanização e que, portanto, será muito importante para a formação na área em que eles irão atuar”.

 

Além da doação de materiais de limpeza, os alunos prepararam saquinhos surpresa e diversas atividades para alegrar as crianças da Aldeia SOS.

 

A visita à Aldeia SOS aconteceu no dia 25 de outubro, ficando aos alunos a responsabilidade de angariar doações, num esquema de gincana. “Essa visita foi muito legal. Eles conseguiram arrecadar muita coisa, mesmo! A Aldeia pediu material de higiene pessoal, mas o pessoal teve a ideia de fazer saquinhos surpresa, para levar para as crianças. Levaram cadernos para colorir, giz de cera, brinquedos”, contou Luciene, empolgada. “Tinha um urso de pelúcia do meu tamanho!”, comemorou. Já a ida à Casa de Passagem Bethania, aconteceu no dia 29. A instituição - que serve como abrigo temporário para pessoas que vêm até a cidade para tratar de problemas oncológicos - pediu que fossem doados de sucos de caixinha, que são oferecidos aos beneficiados na viagem de volta para casa.

 

Os alunos do módulo II visitaram a Casa de Passagem Bethania. Foram doados sucos de caixinha, a pedido da própria instituição.

 

A professora Adriana de Oliveira fez questão de sublinhar alguns casos que ilustram bem o comprometimento dos discentes com a gincana: “Uma de nossas alunas, que já tinha trabalhado como recreadora num salão de festas, se vestiu de palhaço para brincar com as crianças. Outra, que trabalha em lanchonete, conseguiu arrecadar as bebidas com o patrão e ainda a liberação de uma caminhonete para transportá-las”.

 

Cícero Moreira, RT de Farmárcia, ao lado do palestrante Tiago Couto, turismólogo da Fazenda Esperança.

 

O Simpósio aconteceu no dia nove de novembro, no Salão Nobre da Santa Casa. Lá, os alunos puderam compartilhar os aprendizados obtidos com as visitas. Este ano, de forma inédita, também puderem participar do evento funcionários do Hospital, sensibilizados com as ações. Também houve a apresentação de um palestrante convidado, o turismólogo Tiago Couto, da Fazenda Esperança, tocando no assunto da humanização no tratamento daqueles que sofrem de dependência química.