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Santa Casa JF: compromisso com a segurança do paciente

 

 

 

Todo ano, desde 2016, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), coordenado pela Anvisa, realiza a Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente. Ela é feita nos hospitais que possuem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e se mostra como uma importante campanha de promoção da segurança do paciente. Em cada avaliação, determina-se uma nota à instituição, com base nos indicadores de estrutura e processo, baseados na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa n° 36/2013, que institui as ações de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. No último ano, ela foi feita com base na submissão de um formulário virtual, em que cada questão foi comprovada a partir de documentos anexados, assegurando a veracidade e a integridade das informações.

A Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora foi uma das instituições que participaram da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente, alcançando 100% de conformidade aos indicadores de estrutura, processo e gestão de riscos. De acordo com Samyra Mansur e Juliana Bacelar, enfermeiras do Núcleo de Segurança do Paciente da Santa Casa, esse resultado tem grande importância, “pois podemos incorporar ações deste instrumento para promover a qualidade assistencial e a segurança do paciente, visando o gerenciamento de riscos e a melhoria do serviço de saúde, prevenindo eventos adversos (EA) relacionados à assistência à saúde, por meio do estímulo à adoção de práticas seguras, resultando em um aumento gradual da conformidade na instituição”. São considerados eventos adversos os danos causados aos pacientes por falhas durante a assistência realizada nas instituições.

 

Segurança do Paciente na pandemia

O assunto sobre a Cultura de Segurança do Paciente ganhou ainda mais destaque durante a pandemia, visto que os hospitais precisam se mostrar ainda mais seguros e confiáveis para os pacientes que, ao mesmo tempo, estão mais exigentes quanto às normas estabelecidas. Uma das formas encontradas para trazer mais confiabilidade é seguir a comunicação transparente e humanizada, expondo, ao mesmo tempo, os riscos e as possibilidades, de maneira clara e acessível.

Esse método é, sobretudo, sentido pelos pacientes, que, como pontuam as enfermeiras, são impactados durante todos os cuidados e atendimentos. “Buscamos envolver nossos pacientes e acompanhantes na cultura de segurança do paciente divulgando temas importantes mensalmente nos nossos canais de comunicação, para que eles possam entender o cuidado prestado e atuar como barreira de eventos adversos”, esclarecem Samyra Mansur e Juliana Bacelar.

Além disso, as enfermeiras ressaltam que, com a pandemia, não é simples a implementação das rotinas, já que, por si, a nova realidade impôs alterações nos comportamentos que, por fim, modificaram o dia a dia dos médicos e de toda a equipe da Santa Casa. Mas com o foco no bem-estar do colaborador e lidando com as exigências e, sobretudo, superando-as, atingir 100% da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente só comprova que tudo foi, realmente, seguido à risca.

“Os indicadores de segurança do paciente estão entre os principais critérios para aferir a qualidade dos serviços prestados em hospitais. A redução de infecções, quedas e lesões por pressão, por exemplo, são metas que monitoramos constantemente. Já avançamos muito em relação à segurança nos hospitais, mas ainda há muito o que se fazer. Olhando para as últimas décadas, vemos muito progresso e iniciativa científica, todavia não podemos parar. Conheça o nosso compromisso com a segurança do paciente”

Dr. Renato Loures
Presidente da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora

Treinamos para toda a instituição

“Nos mantivemos os treinamentos, indo em loco para manter nossa educação continuada e dar apoio aos profissionais que se sentiam inseguros em certos momentos. Focamos em fortalecer a importância da atuação correta do profissional de saúde, reconhecendo seu trabalho e esforço. Realizamos treinamentos não só com esses profissionais que atuam diretamente com os pacientes, mas com toda a instituição. Todos têm que entender a sua importância para a segurança do paciente. Com isso, sempre visamos um atendimento de excelência.”

Uma das formas de medir se os protocolos de segurança foram aplicados foi a implementação, pelo Núcleo de Segurança do Paciente, da ferramenta “Paciente Seguro”: um formulário on-line, acessado pelo site da Santa Casa de Juiz de Fora, em que os pacientes mostram, ao mesmo tempo, conhecedores dos protocolos estabelecidos pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Automaticamente, a ferramenta gera estatísticas para análise, e o feedback acaba sendo imediato. Essa é, também, uma forma de capacitar ainda mais a equipe em relação à segurança do paciente. “Vimos que o cuidado com nossos colaboradores impacta de forma importante no cuidado prestado aos pacientes. Profissionais seguros, envolvidos e reconhecidos atuam de forma mais comprometida e se sentem incentivados a buscar sempre um atendimento voltado para a excelência.”

Mas esse resultado só é possível quando toda a equipe trabalha em conjunto, visando o mesmo fim: segurança do paciente e atendimento humanizado. Receber o resultado da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente, com 100%, é apenas uma das comprovações dessa união. Samyra Mansur e Juliana Bacelar comemoram o resultado: “Isso representa que estamos no caminho certo e gera grande satisfação, pois mostra o envolvimento de toda a instituição em prol da segurança dos nossos pacientes”.

 
 
 

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