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Angioplastia com Stent bioabsorvível - uma nova era na cardiologia?
Confirmando a sua vanguarda de tecnologia em saúde, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora realizou o primeiro implante cardíaco com Stent bioabsorvível no dia três de março de 2016 na Hemodinâmica da instituição, Tornando-se pioneira na utilização dessa prótese. O procedimento foi realizado pelos cardiologistas intervencionistas Dr. Antônio José Muniz, Dr. João Batista L. Loures, o anestesiologista Dr. Leandro Cezário Raso, a enfermeira Eldilany Wulff L. Costa e as técnicas em enfermagem Maria Cristina B. Melo e Walleska Queiroz Souza. O paciente é jovem e portador de lesão obstrutiva em uma das artérias mais importante na irrigação do coração.
O procedimento é o mesmo realizado com Stent metálico, contudo a principal vantagem da nova tecnologia esta na composição, como explica o Dr. Muniz, que atua no corpo clínico do hospital há 27 anos: “É um polímero, um plástico especial, que em contado com a parede dos vasos sanguíneos reage quimicamente e é transformado, com o tempo, em água e dióxido de carbono.”
Ainda de acordo com o médico, pacientes mais jovens, com idade inferior a 50- 60 anos, com placas mais moles são os candidatos ideais para o Stent bioabsorvível, ou seja, nas angioplastias menos complexas. Esse tipo de tecnologia é inerte e sem efeito nocivo no organismo, a absorção começa seis meses após o implante e desaparece em até dois anos: “O uso do polímero bioabsorvível deve diminuir a probabilidade de formação de coágulos tardios pelo fato deste tipo de stent ser absorvido pelo organismo”, explica o médico.
Pioneirismo e tradição
A Santa Casa foi pioneira na criação de um serviço de Hemodinâmica no interior de Minas Gerais, em outubro de 1978. Em julho de 1991, a Instituição, adquiriu outro aparelho de hemodinâmica, que substituiu o modelo inicial. O Hospital colocou-se em igualdade de condições aos grandes centros do país, oferecendo aos pacientes da cidade e região a mesma tecnologia disponível em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo.
Hemodinâmica figura entre as mais modernas
Fruto de um investimento que chega à casa dos cinco milhões de reais, advindos de verbas próprias (R$3.342.947,53) e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (R$1.524.586,02), a nova Hemodinâmica da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, reinaugurada em outubro de 2013, proporciona aos pacientes do SUS e convênios uma das infraestruturas mais completas e sofisticadas do país.
Além da total reconfiguração do espaço - com construção de um novo prédio, instalação de ar condicionado central, rede elétrica e hidráulica, conforme as mais atuais normas da Vigilância Sanitária - o setor agora conta com dois novos equipamentos de última geração, Siemens ArtisZeeFloor, que apresentam, com rapidez e precisão, em 2D e 3D, imagens totalmente digitalizadas e de alta resolução, fundamentais tanto em procedimentos cardíacos quanto em vasculares. Esses novos equipamentos produzem a mais alta qualidade em imagem e riqueza em detalhes, que permitem tratamentos mais adequados com segurança, rapidez nos procedimentos e conforto para o paciente. A visão tridimensional que proporciona faz com que o médico veja, por exemplo, um aneurisma por todos os seus lados.
O setor dobrou a capacidade de atendimento em relação ao anterior, com duas salas e sete leitos. A agilidade garantida por estas melhorias é fundamental na redução do tempo porta-balão – contado da chegada do paciente até o início do procedimento médico -, decisivo nos casos, por exemplo, de infarto agudo do miocárdio. Benefícios diretos para a população de Juiz de Fora e região.
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