13/05

Inédito: aplicativo monitora paciente que recebe transplante renal

A Unidade de Prática Integrada (UPI) de Transplante Renal da Santa Casa de Juiz de Juiz Fora – MG iniciou em abril a utilização do Magnus Monitor, a primeira plataforma de monitoramento de pacientes à distância. Através do App, ele insere seus dados como peso, taxa de glicemia, pressão arterial e estas informações são enviadas diretamente ao sistema. Assim, médicos e outros profissionais de saúde envolvidos no processo de transplante acompanham os pacientes em tempo real.

O projeto piloto está em andamento há três semanas com 30 pacientes utilizando o aplicativo e dia 17 de maio, terça-feira, a ferramenta será ampliada para todos do ambulatório, mesmo dia em que o App será oficialmente lançado no auditório do hospital, com transmissão ao vivo, às 19 horas, pelo facebook.com/SantaCasaJF e facebook.com/magnus.org.br.

De acordo com o nefrologista coordenador da UPI e um dos idealizadores do projeto, doutor Gustavo Fernandes Ferreira, hoje, a Santa Casa possui 305 pacientes aguardando em lista e outros 330 pacientes transplantados renais em seguimento ambulatorial e estes números só crescem. “Um estudo realizado em nosso centro de transplante, que atende exclusivamente SUS, avaliou que 60% destes pacientes têm a capacidade de utilizar um aplicativo de monitorização após a alta hospitalar. Acreditamos que, desta forma, iremos reduzir o tempo de internação dos nossos pacientes, diminuir reinternações hospitalares através do melhor controle dos níveis pressóricos e glicêmicos. O acompanhamento poderá antecipar consultas médicas, caso seja observada qualquer mudança na condição do paciente monitorado. Acreditamos, assim, que atingiremos melhores resultados clínicos”, completa o médico.

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a Santa Casa JF figura, atualmente, entre as maiores unidades transplantadoras do Brasil e já é a segunda maior de todo o estado de Minas Gerais.

Projeto Magnus

Com o desenvolvimento da tecnologia, observou-se que o processo de transplante renal, com toda sua complexidade, deveria aproveitá-la para oferecer segurança, rapidez e facilidade ao paciente. Com este objetivo nasceu o Projeto Magnus, uma ferramenta que tem como principal função desenvolver o transplante renal no Brasil através da redução das barreiras e disparidades ao seu acesso. Ele permite que os centros de diálise encaminhem pacientes para o centro de transplante, que faz a gestão das informações clínicas e não clínicas da avaliação dos pacientes. O compartilhamento das informações entre os centros de diálise e o centro de transplante reduz os erros humanos e diminui o retrabalho gerando maior eficiência no processo através da consolidação de informações. Todos os dados clínicos podem ser avaliados em qualquer dispositivo eletrônico, desta forma, a equipe de transplante pode usá-los sempre que um rim for oferecido pelo Sistema Nacional de Transplantes.