17/01
O ano de 2019 foi especial para o Serviço de Transplantes da Santa Casa de Juiz de Fora. Chegamos à marca de 1000 transplantes feitos na Instituição desde 1983.
Parte desta história, a paciente Desiree Mariano, primeira transplantada de fígado da Santa Casa e da região, em agosto de 2017, também tem um motivo para comemorar 2019: no dia 22 de novembro nasceu Ana Clara, sua primeira filha.
Diagnosticada com hepatite autoimune em 2013, Desiree desenvolveu cirrose hepática. Por conta da doença, seu sonho de ser mãe foi apagado, mas depois do transplante, ela voltou a ter esperança. “Eu e minha família ficamos muito alegres com a notícia da gravidez. Também estou feliz em poder amamentar”.
Ana Clara nasceu com 35 semanas de gestação e ficou na Neonatologia da Santa Casa por 24 dias. Mãe e filha passam bem e hoje, já em casa, Desiree agradece por ter a vida salva e pela oportunidade de gerar uma vida.
Cuidados redobrados
Desiree foi acompanhada durante todo o pré-natal pela obstetra Rosely Bianco, pela hepatologista Juliana Ferreira e por residentes no Ambulatório da Santa Casa. A médica residente de Ginecologia e Obstetrícia Karolline Vardiero explica que pelo histórico de transplante, as consultas foram mais próximas e o acompanhamento, mais rigoroso.
“Mantivemos controle com exames seriados para acompanhar o fígado pois tinha aumento do risco de rejeição ao órgão transplantado”, explica Dra. Karolline. “As mulheres transplantadas precisam, antes de tudo, passar por uma avaliação com a equipe que a assiste e com obstetra para discutir a possibilidade ou não de gravidez. Nem todas podem engravidar, então cada caso deve ser avaliado pela equipe”, conclui.